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A Igreja celebra, hoje (24/06), a solenidade da Natividade de São João Batista e, dia 29 de agosto, celebrará a memória do seu martÃrio. Não há nenhum outro santo do qual a Igreja celebra os dois acontecimentos; celebra, geralmente, apenas o “nascimento para o céu”, exceto, é claro, o caso de Jesus, Filho de Deus (Natal e Sexta-feira Santa) e da Virgem Maria (8 de setembro e 15 de agosto). No fundo, o próprio Jesus disse: âEm verdade vos digo que entre os nascidos de mulher não há ninguém maior do que João Batistaâ (Mt 11,11): o último dos grandes Profetas de Israel, o primeiro a dar testemunho de Jesus e a iniciar o batismo para o perdão dos pecados; neste contexto, ele batizou Jesus; e foi mártir em defesa da lei Judaica. No século IV, já havia celebrações litúrgicas sobre João Batista, em datas diferentes. A sua data (24 de junho) foi estabelecida com base no texto de Lucas 1,36, quando diz que Isabel já estava âno sexto mês, ela, que todos diziam, que era estérilâ. Logo, seis meses antes do Natal. Desde o século VI, esta festa é precedida por uma vigÃlia
«Completando-se para Isabel o tempo de dar à luz, teve um filho. Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe manifestara a sua misericórdia e se congratulavam com ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino e o queriam chamar pelo nome de seu pai, Zacarias. Mas, sua mãe interveio: âNãoâ â disse ela â âele se chamará Joãoâ. Replicaram-lhe: âNão há ninguém na tua famÃlia que se chame por este nomeâ. E perguntavam por acenos ao seu pai como queria que se chamasse. Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu nela as palavras: âJoão é o seu nomeâ. Todos ficaram pasmados. E logo se lhe abriu a boca e soltou-se sua lÃngua e ele falou, bendizendo a Deus. O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos; o fato divulgou-se por todas as montanhas da Judeia. Todos os que o ouviam o conservavam no coração, dizendo: âQue será este menino?â. Porque a mão do Senhor estava com ele» (Lc 1, 57-66).
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As pessoas ficaram maravilhadas diante daquela criança, mas também diante daquele casal estéril, que, em idade avançada, deu à luz um filho: uma maravilha iluminada pela fé, tanto que âconservavamâ no coração o que ouviram e viram, e louvavam a Deus; uma maravilha acompanhada pela consciência de que não entendiam tudo: âQuem seria aquele menino?â. Uma pergunta legÃtima, mesmo porque onde tudo é compreensÃvel, não dependeria de Deus!
âO acontecimento do nascimento é circundado por uma alegre sensação de estupor, surpresa, gratidão. O povo fiel intuÃa que tinha acontecido algo de grande, mesmo se humilde e oculto: o povo era capaz de viver a fé com alegria, com sensação de iração, de surpresa … Eu sinto uma sensação de estupor, quando vejo as obras do Senhor, quando ouço falar de evangelização ou da vida de um santoâ¦? Consigo sentir as consolações do EspÃrito ou fico fechado?” (Papa Francisco, 24 de junho de 2018).
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Os que tinham ido participar da circuncisão, queriam colocar o nome do seu pai, Zacarias. Mas, quem interveio, caso muito raro, foi Isabel, que disse João. Era o nome que o próprio Deus havia indicado por meio do anjo: âNão temas, Zacarias, porque a tua oração foi atendida: Isabel, tua esposa, vai dar-te um filho e tu o chamarás João” (Lc 1,13). Zacarias havia começado mal com Deus, demonstrando a sua incredulidade, que o levou a ficar mudo. Agora, obedecendo ao que Deus lhe havia pedido – para chamar João – começava uma nova história.
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O texto explica o que aconteceu: uma mulher idosa e estéril dá à luz um filho; um homem mudo começa a falar. Trata-se de dois sinais que indicam que, onde as coisas parecem impossÃveis, Deus tem sempre alguma possibilidade oculta, como diz o profeta IsaÃas: “Eis que estou fazendo uma coisa nova, que está começando: não percebes?” (Is 43,19).
Fonte: Vatican News